A capital federal sediou o Seminário de Planejamento da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística).

O evento reuniu 60 dirigentes que compõem a Diretoria da Confederação e as Federações filiadas, que representam os trabalhadores em transportes dos modais rodoviário, ferroviário, metroviário, portuário, cargas (caminhoneiros), motociclistas/trabalhadores de aplicativos, viário/segurança de trânsito e aéreo em todo o Brasil.

Durante dois dias, os dirigentes fizeram debates sobre as reformas sindical/trabalhista, sobre o retorno da aposentadoria especial e a relação da CNTTL com o governo Lula. Também debateram modelo de estrutura de financiamento do transporte público de passageiros, o papel da comunicação digital nas lutas nas redes sociais e nas ruas; organização e fortalecimento da luta das mulheres do transporte entre outros temas.

O presidente da CNTTL, Paulo João Estausia, fez abertura do evento destacando a importância de analisar o momento da conjuntura do país para definir um cronograma de fortalecimento da Confederação e das lutas dos trabalhadores e trabalhadoras em transporte de todos modais.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) fez análise das conjunturas nacional e internacional e enfatizou a vitória do presidente Lula e os desafios do movimento sindical. “O ser humano não é só comida, não é só o material, mas é também ideologia. Temos de ver o trabalho que as igrejas pentecostais têm desenvolvido, precisamos nos preocupar com as questões políticas e ideológicas. O movimento sindical não é suficiente, mas é decisivo, por isso, é importante politizar”, destaca.

Paulinho reforçou que é importante a politização dos trabalhadores e dirigentes. “Temos que politizar primeiro a diretoria dos nossos sindicatos para que politizem suas bases. Nossa Confederação está à disposição para fazer formação periódica”.

O presidente do PT-DF, Jacy Afonso, também participou da atividade e disse que o papel dos sindicatos é defender o direito dos trabalhadores independente dos governos. “Precisamos organizar os trabalhadores nos locais de trabalho, como também no local de moradias, fortalecer o debate sobre Salário-Mínimo e sobre a reforma sindical que interessa a nós trabalhadores. Defendemos discutir o papel dos transportes no Brasil”, reforçou.

Valeir Ertle, secretário Nacional de Assuntos Jurídicos da CUT, falou que é importante acompanhar o debate sobre a reforma sindical que está acontecendo nas centrais sindicais. “Está no debate o financiamento sindical dos sindicatos, ramos e centrais sindicais, de forma a prevalecer a partir de aprovação em assembleia pelos trabalhadores. Acreditamos que devamos fazer o consenso necessário e aprovar uma proposta que atenda às necessidades urgentes de organização e financiamento”, disse.

Fonte: CNTTL

Foto: Gustavo Dantas